A moderna
instituição conhecida como “Escola Bíblica Dominical” teve como seu principal
fundador o jornalista inglês Robert Raikes (1735-1811). Ele era natural da
cidade de Gloucester e em 1757, aos vinte e dois anos, sucedeu o pai como
editor do GloucesterJournal, um
periódico voltado para a reforma das prisões. Nessa época, estava ocorrendo na
Inglaterra o extraordinário avivamento evangélico, com sua forte ênfase social.
Inspirado por outras pessoas, Raikes iniciou uma escola em sua paróquia em
1780. Ele ensinava crianças pobres de 6 a 14 anos a ler e escrever e dava-lhes
instrução bíblica.
A idéia de
Raikes rapidamente se alastrou pelo país. Apenas cinco anos mais tarde, em
1785, foi organizada em Londres uma sociedade voltada para a criação de escolas
dominicais. Um ano depois, cerca de 200.000 crianças estavam sendo ensinadas em
todo a Inglaterra. No princípio os professores eram pagos, mas depois passaram
a ser voluntários. Da Inglaterra a instituição foi para o País de Gales,
Escócia, Irlanda e Estados Unidos.
No fim do século XVIII, quando ocorreu a Independência dos Estados
Unidos, muitas crianças, especialmente pobres, não tinham acesso à educação. As
Escolas Dominicais vieram suprir essa carência, além de unir o Ensino Religioso
ao Ensino Geral. A Primeira Escola Dominical americana surgiu numa residência
da Virgínia em 1785. Na década seguinte, foram criadas Escolas em Boston, Nova
York, Filadélfia, Rhode Island e Nova Jersey. Destinavam-se a crianças que
careciam de educação, muitas das quais trabalhavam em indústrias. Na cidade de
Pawtucket, Estado de Rhode Island, foi iniciada uma escola na primeira usina de
algodão dos Estados Unidos. Os primeiros dirigentes em geral eram leigos e
líderes comunitários; o texto usado era a Bíblia e as matérias incluíam leitura,
redação e valores cívicos e morais. Essas Escolas Eominicais prepararam o
caminho para a criação de Escolas Públicas.
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